Descrição
A Laranja Mecânica – uma Estória de Violência, Anthony Burgess
Editora artenova, 3ª edição, Abr/1972
Brochura, 21x14cm, 206 páginas
Uma das mais brilhantes sátiras distópicas já escritas, Laranja Mecânica ganhou fama ao ser adaptado em uma obra magistral do cinema pelas mãos de Stanley Kubrick. O livro, entretanto, também é um clássico moderno da ficção inglesa e um marco na cultura pop, que ao lado de 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, representa um dos ícones literários da alienação pós-industrial.
Alex é o jovem líder de uma gangue de adolescentes cuja diversão é cometer perversidades e atos de violência pelas ruas de uma cidade futurista governada por um Estado repressivo e totalitário. Depois de cometer um crime que termina em um assassinato, ele acaba preso pelo governo e submetido a um método experimental de recondicionamento de mentes criminosas, que se utiliza de terapia de aversão brutal.
Brilhante, transgressivo e influente, o livro traz uma visão assombrosa do futuro contada em seu próprio léxico inventivo chamado “nadsat”, que mescla gírias de gangues inglesas e palavras russas. O filme homônimo de Stanley Kubrick teve como base as primeiras edições americanas deste livro, que por conta da insistência dos editores americanos, tiveram o capítulo final suprimido, acreditando que um final sem redenção para Alex seria mais realista. Esta edição, entretanto, mantém o capítulo final original.
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Violência e Sociedade:Burgess criou uma sociedade futurista marcada pela ultra-violência, onde gangs de adolescentes são um reflexo da falha do Estado em intervir eficazmente e da desigualdade social.
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Alex:O protagonista Alex é narrado em primeira pessoa, usando uma linguagem peculiar e repleta de “Nadsat”, uma gíria inventada por Burgess, que confere ao texto um tom perturbador e engenhoso.
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Método Ludovico:Após ser preso e condenado por um crime, Alex é submetido ao “Método Ludovico”, um tratamento que o condiciona a sentir náuseas e aversão a atos violentos, resultando na perda de seu livre-arbítrio.
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Crítica ao Estado e ao Comportamentalismo:O romance questiona a hipocrisia de um Estado que condena a violência mas recorre a métodos igualmente brutais para “corrigir” os criminosos, além de criticar a visão comportamentalista do ser humano como uma máquina a ser programada.
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Edições e Finais:O livro possui duas versões principais: a original britânica com 21 capítulos e uma versão americana que omitia o capítulo final, que muitos consideraram otimista demais, e que só foi incluída em edições posteriores.
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Adaptação Cinematográfica:A obra foi adaptada para o cinema pelo diretor Stanley Kubrick em 1971, em um filme que se tornou um marco do gênero, mas que também gerou controvérsia e censura.
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Relevância Contínua:A obra de Burgess permanece relevante por sua crítica atemporal aos dilemas da violência, da desigualdade e da interferência estatal na liberdade individual.
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Reconhecimento:“Laranja Mecânica” foi selecionada pela revista Time como um dos 100 melhores livros em língua inglesa de 1923 a 2005, e é considerada um clássico da literatura distópica.