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Lairana

Lairana (1948) – Pintora

Nascimento: 1948 – Bauru SP – 26 de julho

Poeta I, Cana de Açúcar – serigrafia numerada assinada – disponível no site (clique)

Formação

  • s.d. – São Paulo SP – Faz mestrado em Artes Plásticas na USP
  • 1964 Inicio dos Estudos Artísticos na escola de Belas Artes em Bauru.
  • 1971 – Bauru SP – Conclui o curso de Desenho e Plástica na Universidade de Bauru
  • 1972 Inicio da docencia na Universidade de Bauru, hoje UNESP.
  • 1979/1980 – São Paulo SP – Estuda Gravura sob a orientação de José Moraes e Regina Silveira, no Centro de Estudos de Artes Visuais
  • 1989 Mestre em Artes ECA/USP.
  • 1992 Doutora em Artes ECA/USP.
  • 1985 – São Paulo SP – Freqüenta o ateliê de Norberto Stori
  • s.d. – Bauru SP – Professora da Universidade de Bauru

PREMIAÇOES

  • 1969 Primeira classificada em Pesquisa Técnica de Pintura/ II Salão do Trabalho de Bauru.
  • 1972 Premio Aquisicao- Pintura a Oleo/Salao Estimulo de Artes Plásticas/Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.
  • 1978- Menção Honrosa-Serigrafia/I Salão de Arte Visual do Norte do Paraná/Londrina-PR,
  • 1979- “Medalha de Ouro” -Pintura a Oleo/VI Salão de Artes Plásticas/Associação dos Servidores Civis do Brasil/Rio de Janeiro-RJ
  • 1980 – Premio Aquisicao- Serigrafia/III Salão de Arte Visual Norte do Paraná Londrina-PR.
  • 1985 Premio Aquisicao: “Prefeitura Municipal de Piracicaba”/XVIII Salão de Arte Contemporánea de Piracicaba SP.
  • 1986 Prémio Aquisição: “Prefeitura Municipal de Piracicaba”/XIX Salão de Arte Contemporanea de Piracicaba SP.
    – Medalha de Duro Aquarela/1 Salão de Artes Plásticas de Avaré – SP
  • 1987 Premio SPAL-SPRITE Pintura/Acrilica/II Salão Nacional de Artes Plásticas São Paulo-Parana.
    – Indicação p/ Premio Aquisição Acrilica/ XII Salão de – Arte Contemporanea/ Ribeirão Preto-SP.
    – Premio “Spazio Verde”-Aquisição/II Salao de Artes Plásticas de Avaré – SP Novembro.

21 Exposições individuais.

61 Exposições Coletivas.

Um artista deixa de ser um simples pintor quando não precisa mais aplicar rigorosamente as regras e respeitar religiosamente as tradições. Lairana adquiriu tal familiaridade com sua arte, que pode transformá-la num projeto vivo de deslocamento das fronteiras do seu mundo, gerando novas regras e novos sentidos.

Lairana é uma artista nascida em Bauru, mas que conseguiu ser – ao mesmo tempo – representante de uma cultura local e construir uma obra cosmopolita; fazer-se compreender por seus vizinhos e por habitantes de países longínquos. Lairana é uma intelectual, é uma doutora em artes pela prestigiada Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, mas suas impressões – transformadas em milhares de obras – fazem dela aquilo que os antropólogos chamam de “observadora participante”. Sua carreira de sucesso a fez dezenas de vezes premiada em salões oficiais e levou seus quadros a lugares tão distantes e surpreendentes como o Japão e República Sul-Africana (além de praticamente todos os países da América e da Europa Ocidental). O sucesso se renova, neste ano de 2006, conduzindo sua obra para os seletos endereços do Forte de São Francisco, em Portugal, e da Galeria Artitude, na capital francesa. No Brasil, Lairana, com suas pinturas, ocupou nada menos do que seis ambientes do Casa-Cor Interior, na cidade de Araraquara (SP).

Conheço muito da obra de Lairana. Admiro tudo o que conheço. Mas o que me arrebata são suas papoulas: quando pintadas em óleo sobre tela, são transparentes e multicoloridas; quando produzidas em acrílico, multiplicam texturas; e se lairana usa a espátula, o quadro acaba capturando não só o movimento da papoula, mas também a gestualidade da artista. Ao usar a espátula, Lairana valsa com suas criações.

As papoulas de Lairana (como de resto, toda a sua obra) não ficarão “datadas”, pois não se filiam a um determinado movimento artístico. A artista tem sensibilidade e competência para captar informações e adaptar estilos a seu trabalho, sem constrangê-lo a quaisquer estruturas. As papoulas não se macularam porque a autora não buscou as facilidades de filiação a alguma escola artística ou nova tendência. A eternidade é o prêmio de quem não se corrompe.

Ney Vilela – Historiador e Jornalista

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